Fonte: Revista/FHOX
Foi aberto em 11/03 o Museu da Fotografia abre as portas
para a visitação do público, trazendo um acervo com 440 das mais de 2 mil
imagens colecionadas pelo empresário cearense Sílvio Frota. São cliques de
alguns dos maiores nomes da fotografia, como Henri Cartier-Bresson, Steve
McCurry e Cindy Sherman.
A icônica
Sharbat Gula, a menina afegã fotografada por Steve McCurry e capa da National
Geographic de 1985, tem 25 originais espalhados pelo mundo e um deles foi o
primeiro item comprado por Frota para começar a coleção. O visitante
também poderá conferir um dos cliques mais conhecidos de Bresson, o do homem
pulando uma poça.
O
objetivo do museu, segundo Frota, é aproximar as pessoas da fotografia, mesmo
as que não têm intimidade com a arte. Para isso, o curador Ivo Mesquita
(ex-Pinacoteca de São Paulo) organizou as imagens de modo que elas não pareçam
individualizadas, mas sim contem uma história. “Quando pensamos no museu,
pensamos no que a gente precisaria para que as pessoas se interessassem. Se você
está em um museu e vê várias fotos fora de contexto, você passa por elas sem
perceber que ali tem uma história, mas quando você expõe uma sequência do tema,
você revela uma narrativa”, diz Frota.
O primeiro andar do prédio terá o revezamento de exposições
temporárias com mais de duas mil fotografias da coleção que abrange 200 anos de
história. Nos outros dois andares, o visitante irá conhecer as exposições
permanentes, com o último piso dedicado às imagens do Norte e Nordeste
brasileiro. O espaço conta também com auditório para palestras e oficinas,
livraria temática e café.
Outra proposta é levar a
fotografia para além do prédio que abriga o museu. “Contratamos um educador
para levar o Museu às comunidades e as comunidades para dentro do Museu. Vamos
dar cursos pra eles, eles vão fazer exposição dentro da comunidade e depois
vamos trazer os melhores para uma exposição.”
Em uma segunda etapa, conta o
colecionador, ainda sem data definida, as imagens estarão disponíveis para a
população do interior do Ceará. A ideia é disseminar as imagens. “Não era justo
eu ter uma coleção dessas e ninguém ter acesso. Tem fotos que eu sei que as
pessoas têm, mas eu não tenho acesso, não acho justo, a foto tem que ser
disseminada. Nós começamos o museu por aí, pensando no espaço para as pessoas
terem acesso.”
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